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Ter um pet faz (muito) bem para a saúde

Um bichinho de estimação mexe com a rotina, o emocional, o físico, o social e o bem-estar


 

Chendongshan/Shutterstock


As irmãs Valéria e Patrícia Rottattori Janiques convivem com bichinhos de estimação desde sempre. Em poucos momentos da vida não tiveram pelo menos um pet por perto. Hoje, aos 59 e 52 anos, respectivamente, com famílias formadas e vida estabelecida, ainda encontram nos pequenos parceiros boa parte da alegria do dia a dia. 

“É um sentimento de amor muito grande. Sem eles, a casa fica vazia, triste. Por mais problemas que a gente tenha, eles sempre estão lá para nos ajudar a ficar melhor”, afirma Patrícia, que, de 2010 para cá, resgatou três cães da rua: a Nina, o K-9 e o Zé. 

Patrícia vive com a mãe e o marido e cabe a ela realizar a maioria das tarefas por conta das limitações que a idade e a saúde impuseram à mãe. “Os cachorros trazem equilíbrio. Por pior que esteja a situação, eles são alegres, querem brincar, querem carinho e atenção. Isso levanta o astral e faz lembrar que a vida não é só problema; é alegria também”, avalia. 

Além disso, Patrícia diz ter aprendido a ser mais dedicada (por ter de sair todos os dias para passear), a ter paciência (diante das bagunças que os pets aprontam) e a ser desprendida (por não adiantar broncas já que eles vão, sim, estragar móveis, plantas, roupas e o que encontrarem pela frente). 

Já na casa de Valéria, Einstein, o vira-lata cuja inteligência faz jus ao homônimo famoso, chegou para mudar o foco das preocupações e da fase turbulenta gerada por uma doença séria na família. “Foi um bálsamo aqui para todos nós”, considera.

O cão foi adotado há um ano, quando Valéria cedeu ao pedido do filho para terem outro animal – a pequena basset que há anos morava com eles não resistiu à idade avançada e partiu meses antes. “Os resultados de alguns exames nos deixaram muito abalados. Meu filho já havia pedido um cachorrinho e tornou a falar sobre isso, porque o clima estava muito pesado, tenso. Foi quando falei: ‘tudo bem!’”, lembra-se.

Naquele mesmo dia, Einstein ganhou uma nova casa e a família, um novo motivo para sorrir. “Foi uma renovação para todos nós. A vinda dele aconteceu na hora certa e prova que tudo tem seu tempo. Temos passado por momentos muito difíceis, mas o Einstein tem dado conta de renovar os ares e alegrar nossa vida”, garante. 

 

Quer saber outros benefícios que os pets trazem para a vida da gente? Veja só:

 

 Estimulam a sociabilização

“Animais gostam de passear e, com isso, seus donos se encontram em praças e parques enquanto seus animais se divertem”, ilustra Paula Traldi, médica-veterinária, proprietária da Amici – Indústria de Cosméticos Veterinários.

 

Trazem felicidade

“É comprovado que a troca de afetividade entre humanos e animais tem como um dos principais efeitos o aumento da produção e liberação de serotonina, um dos ‘hormônios da felicidade’. Consequentemente, reduz-se o estresse”, explica Renata Piazera, sócia-fundadora da Fórmula Animal.

 

Diminuem crises 

“Em casos de doenças como a demência e o Alzheimer, os animais, principalmente os cães, podem diminuir as crises de agitação e descontrole e até mesmo estimular o apetite”, diz Anna Carolina Barbosa Esteves Maria, coordenadora dos cursos da área veterinária do Instituto Cimas.

 

Estimulam o cérebro

“Quando o assunto são pets, as pessoas tendem a se interessar por seus animais e buscam na leitura o conhecimento sobre raças e comportamentos. Também conversam com outros tutores, fazendo com que haja uma estimulação do cérebro”, aponta Anna Carolina.

 

Promovem o bem-estar

“Foi comprovado em trabalho científico recente que, quando os tutores olham para os seus animais de estimação e os animais olham para os seus tutores, ambos liberam ocitocina, o hormônio do amor, responsável por trazer sensação de bem-estar para ambos”, comenta Marcos Fernandes, veterinário homeopata e psicanalista.

 

Melhoram o sedentarismo 

“Pessoas que têm cães são mais ativas, fazendo exercícios físicos regulares, especialmente a caminhada, estimulada quando leva-se o animal para passear”, acrescenta Marcos Fernandes.

 

Fonte: Instituto de Longevidade | Mongeral Aegon