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CARTÃO DE CRÉDITO: FACILIDADE NAS COMPRAS E CONVITE PARA ALTAS DÍVIDAS
A facilidade na hora das compras faz com que as pessoas tenham cartões de crédito, mas que muitos não imaginam é que o descontrole de gastos com o crédito iria gerar custos bem superiores à renda mensal. Essa situação é uma realidade que começa a ficar frequente na vida de muitos brasileiros. As faturas dos cartões de crédito estão complicando ainda mais o orçamento dos endividados. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a inadimplência com o crédito rotativo dos cartões de crédito já passou de 33,6% em junho para 34,8% em julho. É mais de quatro vezes que o registrado na inadimplência com outros tipos de financiamentos. 
No cenário atual, o brasileiro que embarcou no otimismo do governo entre 2010 e 2012 e assumiu pesadas dívidas para financiar o carro zero quilômetro, a TV e a máquina de lavar pode, agora, ter uma surpresa ainda mais desagradável nas finanças. Com a alta de juros comandada pelo Banco Central (BC) desde abril, as taxas de empréstimos que possam vir a ser assumidos tendem a aumentar, uma consequência direta da elevação da taxa Selic da mínima histórica, 7,25% ao ano, como estava até março, para os atuais 9%. Tradicionalmente, sempre que os juros sobem, bancos e financeiras repassam a alta, cedo ou tarde, para o bolso do consumidor.
Como a tendência é que a Selic ultrapasse os 10% até o fim do ano, significa uma preocupação a mais para quem ainda planeja tomar dinheiro emprestado ou usar mais o cartão de crédito.
Levantamento do BC mostra que até junho, o último dado disponível, o endividamento do brasileiro chegava a 44,82% da renda acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, uma pessoa que tenha acumulado, em um ano, R$ 100 mil em salários e outras rendas passou a dever, ao fim do mesmo período, o equivalente a R$ 44,8 mil ao banco. “Isso é muito preocupante, porque mostra que o brasileiro já abre o mês com quase metade da renda comprometida com dívidas. Nesse caso, se a situação apertar, ele vai ter que recorrer a outro empréstimo bancário. É uma bola de neve”, analisou o economista Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.
Apesar do alto endividamento, a inadimplência geral do consumidor apresentou queda de 5,5% em agosto. Foi o terceiro recuo mensal consecutivo, de acordo com balanço divulgado ontem pela Serasa Experian. No entanto, no acumulado de janeiro a agosto de 2013, o índice apresentou alta de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 
Fonte: Estado de Minas

facilidade na hora das compras faz com que as pessoas enxerguem no cartão de crédito um serviço de primeira necessidade. Mas o que muitos não imaginam é que o descontrole de gastos com o crédito pode vir a gerar, aos poucos, custos bem superiores à renda mensal. Essa situação é uma realidade que começa a ficar frequente na vida de muitos brasileiros. As faturas dos cartões de crédito estão complicando ainda mais o orçamento dos endividados. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a inadimplência com o crédito rotativo dos cartões de crédito já passou de 33,6% em junho para 34,8% em julho. É mais de quatro vezes que o registrado na inadimplência com outros tipos de financiamentos. 

No cenário atual, o brasileiro, que embarcou no otimismo do governo entre 2010 e 2012 e assumiu pesadas dívidas para financiar o carro zero quilômetro, a TV e a máquina de lavar, pode agora ter uma surpresa ainda mais desagradável nas finanças. Com a alta de juros comandada pelo Banco Central (BC) desde abril, as taxas de empréstimos que possam vir a ser assumidos tendem a aumentar, uma consequência direta da elevação da taxa Selic da mínima histórica, 7,25% ao ano, como estava até março, para os atuais 9%. Tradicionalmente, sempre que os juros sobem, bancos e financeiras repassam a alta, cedo ou tarde, para o bolso do consumidor.

Como a tendência é que a Selic ultrapasse os 10% até o fim do ano, significa uma preocupação a mais para quem ainda planeja tomar dinheiro emprestado ou usar mais o cartão de crédito. Levantamento do BC mostra que até junho, o último dado disponível, o endividamento do brasileiro chegava a 44,82% da renda acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, uma pessoa que tenha acumulado, em um ano, R$ 100 mil em salários e outras rendas passou a dever, ao fim do mesmo período, o equivalente a R$ 44,8 mil ao banco. “Isso é muito preocupante, porque mostra que o brasileiro já abre o mês com quase metade da renda comprometida com dívidas. Nesse caso, se a situação apertar, ele vai ter que recorrer a outro empréstimo bancário. É uma bola de neve”, analisou o economista Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.

Apesar do alto endividamento, a inadimplência geral do consumidor apresentou queda de 5,5% em agosto. Foi o terceiro recuo mensal consecutivo, de acordo com balanço divulgado ontem pela Serasa Experian. No entanto, no acumulado de janeiro a agosto de 2013, o índice apresentou alta de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 


Fonte: Estado de Minas