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Figurando entre os países com maior índice de desigualdade social, o Brasil observa esse problema afetar e influenciar as taxas de alfabetismo do País. A taxa de analfabetismo funcional atinge a marca de 27% da totalidade de sua população, mas na faixa de renda de 1 salário mínimo, esse número chega a 53%.

Tais indicadores comprovam a existência de uma extensa camada social incapaz de processar o discurso da escrita, cidadãos, que por conseguinte, não poderão tornar-se leitores. Dessa forma, o desenvolvimento das habilidades de leitura ganha uma relevância acentuada nas escolas. Em especial na rede pública, que se vê frente à necessidade de formar leitores competentes num mundo em que a produção e a difusão de informação se dão de modo cada vez mais acelerado.

Em um país altamente desigual em matéria de oportunidades e acessos à herança cultural da humanidade, a escola é fundamental para a transmissão dos bens de leitura, por se tratar de um dos principais espaços sociais onde ocorre a transmissão da cultura e de formação para a cidadania.

Com esse cenário, está em vigor desde 2010 uma lei que determina que todas as escolas brasileiras possuam uma biblioteca em suas dependências até 2020. Entretanto, a maioria destas instituições de ensino não cumprem o decreto e a expansão da rede de bibliotecas ocorre lentamente.

Ademais, não basta um bom acervo nem uma biblioteca cheia de livros se eles não forem aproveitados. É necessária a incorporação da leitura ao cotidiano, não só das escolas, mas de todo o contexto social no qual a leitura seja tomada como um valor, um direito de cidadania e uma prática de liberdade, visto que que essa formação não depende apenas da escola e da alfabetização.

No entanto, o Brasil é um País de 500 anos cuja leitura e formação de leitores surgiram como tema no campo das políticas públicas apenas na virada do século 21, o que torna a tarefa de incentivo à leitura uma missão nada fácil.


Incentivo à leitura é a nova bandeira alçada pelo AMN

Visando incentivar a prática da leitura, por meio da promoção de ações sociais, educacionais e culturais, o AMN lançou o Projeto “Abrigo do Conhecimento”. 

Já encontra-se em funcionamento uma das atividades do Projeto, dirigida à Família Naval, batizada de “Troca-troca de livros”. Esta ação localizada na recepção do prédio do SASM, onde ocorre também, o atendimento aos Projetos Sociais do Departamento de Serviços Sociais do Abrigo do Marinheiro (DSS/AMN), permite o acesso gratuito a gêneros literários. A Família Naval pode pegar um livro, ler e devolver no mesmo local ou, até mesmo, substituir o livro e fazer doações de outros livros. 

Além do “troca-troca” também está em funcionamento o "Posto de Coleta e Arrecadação" de livros e/ou materiais de incentivo à leitura, tais como fantoches, pequenos cenários, marionetes, dedoches, entre outros itens.

O Projeto correlato à busca do compartilhamento de aprendizagem e sabedoria, imbuído também do espírito solidário, irá incentivar a leitura, ampliar e democratizar os acessos à cultura da Família Naval, por meio de ações socioeducativas. Além de avivar e estimular o ingresso aos diversos tipos de leitura, instigar o prazer da leitura, despertar o desejo de novas leituras e ampliar o vocabulário dos leitores de maneira descentralizada.