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Um estudo realizado por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá, no Georgia Institute of Technology, revelou que os mais velhos são melhores em deixar a tristeza de lado. Os especialistas descobriram evidências de que a simples expectativa de que algo ruim se aproxime, é suficiente para desencadear um mecanismo de defesa e eliminar emoções negativas em quem passou da sexta década de vida. Ou seja, a capacidade de afastar o medo, o negativismo e a infelicidade é uma característica que melhora de forma considerável com a idade. E o Envelhecer, projeto social mantido pelo Abrigo do Marinheiro corrobora esse resultado.

Voltado a toda Família Naval, o Envelhecer mantém cerca de 30 alunos em aulas de dança, esporte, cine debate, oficina de musicoterapia (canto/coral), informática e intercâmbio. Elizabete Parrini, 66 anos, conta com orgulho que adora as atividades, mesmo participando há pouco tempo: “Me divirto muito aqui”, afirma a integrante do projeto que funciona às terças e quintas nas dependências da Casa do Marinheiro (Penha, RJ).

A coordenadora de Projetos Sociais, Cristina de Almeida, ressalta que eles estão muitos felizes e comentam sempre que diminuíram a quantidade de medicamentos. “Nossa proposta também é esvaziar a saúde e os atendimentos médicos. Aqui eles têm atividades diversas e se relacionam com outros idosos, isso torna a vida mais saudável”, comenta a assistente social.

A experiência citada ocorreu com Josefa dos Santos, 62 anos. Ativa no projeto desde a primeira turma, em 2017, ela revela que tinha muitas dores, mas ultimamente não sente mais nada, já que os exercícios a ajudam muito. “Trabalho na Casa do Marinheiro, então junto o útil ao agradável. Venho para cá e depois vou trabalhar no Centro de Estudos. Isso para mim é ótimo”, entusiasma-se Josefa.

ENTENDA A PESQUISA NORTE-AMERICANA

Para chegar ao resultado obtido no Georgia Institute of Technology, a equipe recrutou 22 adultos com idade média de 23 anos e 20 pessoas entre 60 e 70 anos. A cada participante, foram apresentados áudios e fotografias enquanto estava em um equipamento de ressonância magnética. Os mais jovens apresentaram uma espécie de hipervigilância, que provoca ansiedade e preocupação, diante de qualquer tipo de "ameaça", os mais velhos encaram as situações com mais neutralidade.

Atuando no Projeto Envelhecer desde a fundação, o professor de Educação Física, Leandro Leal, ressalta que muitos dos idosos que chegam trazem autoestima prejudicadas, mas quando conhecem outros idosos, compartilham suas experiências, facilmente revertem os quadros apresentados. “A socialização já os transforma. Até mesmo problemas de alcoolismo e depressão são controlados. Aqui, eles se reencontram e descobrem que não há necessidade alguma de parar”, explica o professor.

O casal Aílton Lima, 77 anos e Sandra Maria, 65 anos, exaltam a qualidade de vida estimulada pelo projeto e salientam que é muito bom interagir com novas pessoas. “Aqui é tudo de bom. Nota dez. Precisamos sempre ter a qualidade de vida em primeiro lugar”, estimulam.

Para mais informações sobre o projeto Envelhecer:

 (21) 2584-2400 (DRAMN/RJ – ARES/CMN); ou (21) 3707-0586 (DRAMM/SG – ARES/SG)

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