Mensagens sem fim, áudios imensos, correntes, imagens e vídeos lotando a memória dos celulares já são comuns na rotina de qualquer pessoa que faça parte de grupos de WhatsApp, sejam da família, sejam do trabalho, sejam de amigos. Apesar de facilitar a comunicação com mais pessoas simultaneamente, participar dessas conversas requer alguns cuidados.
Para evitar exposição desnecessária e criar inimizades, a consultora em etiqueta, marketing pessoal e mídias sociais Ligia Marques dá algumas dicas de como se portar na rede social. Segundo ela, o intuito das regras não é criar um espaço hostil e chato, mas “fazer do ambiente de mensagens instantâneas algo mais agradável e útil”.
Confira, a seguir, 11 regras de ouro em grupos de WhatsApp.
- Reflita antes de mandar mensagens
Se o que está sendo dito pode ser mal interpretado, ofensivo ou, de alguma forma, constrangedor para você e para os outros, pare por uns segundos e reflita antes de enviar. Ligia alerta que discutir política, fazer propagandas, falar mal de outras pessoas e destilar ódio e preconceito devem sempre ser evitados.
- Não repasse correntes
“Suas conversas serão postadas no Facebook. Para que isso não aconteça, repasse essa mensagem para dez amigos.” “Se você repassar essa mensagem, receberá R$ 25 em créditos de celular.” “O carro com placa XXX-0000 foi roubado com uma criança dentro. Repasse e ajude a encontrá-la.” Você já deve ter recebido muitas dessas correntes. A regra aqui é clara: não se deve repassá-las. Segundo Ligia, elas são “inúteis, chatas, espantam as pessoas e causam danos como transmissão de vírus”.
- Restrinja o envio de mensagens
“Muitos acabam saindo de grupos porque as pessoas mandam mensagens o dia inteiro”, relata Ligia. Quando há muito o que falar, a receita é condensar tudo em, no máximo, dois envios. Com menos notificações nos aparelhos alheios, as pessoas estarão mais dispostas a ler o que foi recebido.
- Não compartilhe notícias falsas
Os grupos de WhatsApp têm papel importante na distribuição das famosas “fake news”, ou notícias falsas, pois é por lá que muitas delas se espalham e viralizam. Antes de compartilhar mensagens, verifique sua veracidade em sites de grandes veículos de comunicação. Tenha o mesmo cuidado com o envio de links. “Na dúvida, não compartilhe”, aconselha ela.
- Maneire no envio de áudios, vídeos e fotos
Ligia diz não ser contra a troca de imagens, áudios e vídeos, mas recomenda moderação. Esses arquivos costumam consumir bastante memória do celular e, muitas vezes, consomem boa parte da franquia de internet do usuário.
- Atenha-se ao tópico do grupo
Caso o foco seja profissional, por exemplo, os temas tratados nas conversas coletivas devem ser relacionados apenas ao trabalho e de maneira mais formal. Nada de postar piadas, fotos de viagem e fim de semana com a família. Para a especialista, é aconselhável sempre tomar cuidado ao enviar mensagens. “Tudo o que escrevemos fica registrado, pode ser encaminhado a outros e pode nos comprometer de forma irreversível”, alerta.
- Saiba o momento certo de falar
Se o grupo for profissional, respeite os horários comerciais e procure não enviar nada entre 22h e 6h da manhã, observando o período de descanso. Já para as conversas entre amigos e família, a consultora em mídias sociais conta que é importante conhecer os hábitos dos outros membros e usar do bom senso na hora do bate-papo.
- Seja paciente
A pressa da sociedade moderna e as funções do aplicativo – como a que mostra quando a mensagem foi lida – contribuíram para que as pessoas queiram respostas rápidas. Mas, lembre-se: nem todo mundo pode utilizar o aplicativo a todo momento. Além disso, assuntos mais sérios precisam de calma para serem resolvidos. Por isso, vale a pena dar o tempo que a pessoa precisa para pensar. Fica a dica da especialista: “Caso não haja resposta em 6 horas, podemos repetir a mensagem”.
- Evite brigas
Desentendimentos acontecem e são absolutamente normais no mundo real e no virtual. Nos grupos de Whatsapp não seria diferente, é claro. Ligia afirma que a melhor forma de resolver um impasse entre dois participantes é num diálogo privado. Mas vale ressaltar que tudo deve ser discutido “de forma delicada e educada” para contribuir com a resolução do conflito.
- Tenha cuidado ao corrigir erros gramaticais
Nas redes sociais, a comunicação tem espaço para ser informal. É natural que a gramática fique em segundo plano. Para a consultora, os erros devem ser corrigidos apenas se forem em conversas privadas, de forma educada e entre pessoas que compartilham da mesma intimidade. Afinal de contas, “quem nunca passou por isso?”.
- Fique de olho nas conversas
Para Ligia, os administradores de grupos de WhatsApp “têm a função de controlar os ânimos, impedindo exageros de todo tipo”. Vale lembrar que eles podem ser culpabilizados e sofrer implicações legais por conflitos que acontecem dentro dos bate-papos – mesmo que não tenham sido os autores das mensagens.
Foi o que aconteceu com uma jovem que criou um grupo para unir colegas de escola. Em maio deste ano, ela foi condenada ao pagamento de R$ 3.000 de indenização pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a participantes que foram ofendidos por colegas. Para o juiz, apesar de ela não ter disparado comentários contra os agredidos, cabia a ela excluir os detratores.
Na opinião de Ligia, o administrador não deveria ter que pagar pelos conflitos entre os integrantes. Mas, já que os juízes têm outro entendimento da questão, é melhor ficar mais atento e tomar para si a responsabilidade de fiscalizar o que é dito nas conversas.
Fonte: Instituto de Longevidade Mongeral Aegon