Sobrepeso e obesidade não são provocados pelo açúcar, nem mesmo pela gordura e muito menos pelo abandono do estilo de vida rural. O vilão número um da vida saudável é o trigo geneticamente modificado, transgênico. É o que afirma o médico cardiologista norte-americano Willian Davis em Barriga de Trigo, Martins Fontes. Especialista em Medicina Preventiva, ele é diretor de um programa on-line de prevenção de cardiopatias. “O trigo moderno nada tem a ver com o trigo verdadeiro.”.
O autor ilustra seu conceito lembrando que os álbuns de família de antigas gerações, como a de nossas bisavós, avós e pais, mostravam homens com 80 centímetros de cintura e mulheres magras, manequim 38. A obesidade era rara, aponta. “Hoje, correr cinco quilômetros virou hábito, mas apesar disso, estamos cada vez mais gordos.”
Ele denúncia na obra, em linguagem didática, os grãos geneticamente modificados, cuja principal proteína é o glúten. "O cereal mais popular do mundo é também o produto alimentício mais destrutivo", observa. Pesquisas científicas recentes apontam os males reais do trigo, dispara. O trigo transgênico estimula ainda mais o apetite, a exposição do cérebro às exorfinas, picos exagerados de açúcar, além da glicação, responsável pelo envelhecimento e distúrbios imunológicos, frisa. “O consumo do trigo transgênico produz transtornos neurológicos, diabetes, doenças cardíacas, artrites e até delírios esquizofrênicos.”
Willian Davis recomenda eliminar, além do trigo, os seguintes alimentos: produtos feitos com farinha de milho, lanches do tipo batatas chips, bolinhos de arroz e pipocas, assim comotortas, bolos, cupcakes, sorvetes, picolés, arroz branco, batata-inglesa, rosada, batata-doce, inhame, feijão-preto, feijão-manteiga, grão-de-bico, lentilha, amido de arroz, sucos de frutas industrializados e refrigerantes e até as frutas secas, como passas, figos e damascos. “Coma legumes e verduras, frutas, castanhas e sementes cruas, use óleos generosamente, laticínios, ovos, peixes e carnes sem gorduras.”
Fonte: DM