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As altas temperaturas no país neste início de ano levaram, nos últimos dias, as usinas elétricas a bater seu recorde histórico de produção de energia e trouxeram uma preocupação: o risco de falha nos equipamentos de transmissão e distribuição, o que pode gerar falta de luz, de acordo com a avaliação do coordenador do Gesel/UFRJ (Grupo de Estudos do Setor Elétrico/UFRJ), Nivalde de Castro. 
Aliado ao aumento do consumo, o calor "estressa" os equipamentos, que, por sua vez, podem vir a apresentar falhas técnicas pontuais. Na atual situação, o risco de problemas na transmissão ou na distribuição é maior do que o de questões estruturais -a oferta de energia não acompanhar a demanda, por exemplo.
De acordo com Castro, os reservatórios que abastecem as hidrelétricas estão mais cheios do que em janeiro do ano passado e as usinas térmicas continuam em funcionamento, como forma de manter os níveis dos estoques de água das hidrelétricas. "A Argentina de hoje não é o Brasil de amanhã. Existe a possibilidade de faltas de luz pontuais, sim, mas não por causas estruturais", disse Castro, referindo-se ao apagão de quase dez dias no país vizinho no fim de 2013.
De acordo com boletim do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o país bateu seu recorde de geração de energia no dia 10 de janeiro, ao registrar, às 14h39, produção de 79.962 MW, 0,05% mais que a marca anterior, do dia 4 de dezembro. Na data, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste tinham 41,96% de sua capacidade - a média em janeiro de 2013 era de 37,46%. A mesma situação é verificada no Nordeste, com reservatórios 39,26% cheios, enquanto em janeiro passado a média era de 32,86%.
Para o professor colaborador da Coppe/UFRJ, Roberto D'Araújo, o risco de falta de energia decorre do fato de, com o objetivo de poupar reservatórios de uma ou outra região do país, o SIN (Sistema Interligado Nacional) ter enviado grandes cargas de energia de um canto do país para o outro. No dia do recorde, por exemplo, as usinas da região Norte enviaram 3.916 MW para o Nordeste.
"Uma falha no meio do caminho pode levar a falta de energia em determinada região. Não digo que terá apagão, mas esse transporte grande de carga mostra um desequilíbrio no sistema", comenta Roberto. Desde 2012, o país mantém ligada boa parte das usinas térmicas com o objetivo de poupar os estoques de águas das hidrelétricas. Do total gerado no dia do recorde, 14,2% vieram das térmicas convencionais, que excluem as usinas nucleares. As hidrelétricas foram responsáveis por mais de 82%

As altas temperaturas no país neste início de ano levaram, nos últimos dias, as usinas elétricas a bater seu recorde histórico de produção de energia e trouxeram uma preocupação: o risco de falha nos equipamentos de transmissão e distribuição, o que pode gerar falta de luz, de acordo com a avaliação do coordenador do Gesel/UFRJ (Grupo de Estudos do Setor Elétrico/UFRJ), Nivalde de Castro. 

Aliado ao aumento do consumo, o calor "estressa" os equipamentos, que, por sua vez, podem vir a apresentar falhas técnicas pontuais. Na atual situação, o risco de problemas na transmissão ou na distribuição é maior do que o de questões estruturais -a oferta de energia não acompanhar a demanda, por exemplo.

De acordo com Castro, os reservatórios que abastecem as hidrelétricas estão mais cheios do que em janeiro do ano passado e as usinas térmicas continuam em funcionamento, como forma de manter os níveis dos estoques de água das hidrelétricas. "A Argentina de hoje não é o Brasil de amanhã. Existe a possibilidade de faltas de luz pontuais, sim, mas não por causas estruturais", disse Castro, referindo-se ao apagão de quase dez dias no país vizinho no fim de 2013.

Segundo o boletim do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o país bateu seu recorde de geração de energia no dia 10 de janeiro, ao registrar, às 14h39, produção de 79.962 MW, 0,05% mais que a marca anterior, do dia 4 de dezembro. Na data, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste tinham 41,96% de sua capacidade - a média em janeiro de 2013 era de 37,46%. A mesma situação é verificada no Nordeste, com reservatórios 39,26% cheios, enquanto em janeiro passado a média era de 32,86%.

Para o professor colaborador da Coppe/UFRJ, Roberto D'Araújo, o risco de falta de energia decorre do fato de, com o objetivo de poupar reservatórios de uma ou outra região do país, o SIN (Sistema Interligado Nacional) ter enviado grandes cargas de energia de um canto do país para o outro. No dia do recorde, por exemplo, as usinas da região Norte enviaram 3.916 MW para o Nordeste.

"Uma falha no meio do caminho pode levar a falta de energia em determinada região. Não digo que terá apagão, mas esse transporte grande de carga mostra um desequilíbrio no sistema", comenta Roberto. Desde 2012, o país mantém ligada boa parte das usinas térmicas com o objetivo de poupar os estoques de águas das hidrelétricas. Do total gerado no dia do recorde, 14,2% vieram das térmicas convencionais, que excluem as usinas nucleares. As hidrelétricas foram responsáveis por mais de 82%.

Fonte: Folha de São Paulo