Na manhã do último dia 16 de maio foi dado início a comemoração pelo Centenário do Abrigo do Marinheiro (AMN) por intermédio de uma missa de ação de graças no tradicional Mosteiro de São Bento, berço histórico da associação. Celebrada pelo Abade Dom Filipe da Silva, a ocasião rememorou o instante onde, há quase 100 anos, o Abade Dom Pedro e Oficiais de Marinha criaram o AMN, se utilizando das próprias instalações da igreja como primeira sede para a associação.
Além de autoridades eclesiásticas, o ato reuniu Oficiais Superiores como o Diretor Geral de Pessoal da Marinha, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, o Almirante de Esquadra Miguel Angelo Davena, o Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, Vice-Almirante José Carlos Mathias, o Diretor do Abrigo do Marinheiro e da Diretoria de Assistência Social da Marinha, Rogerio da Rocha Carneiro Bastos, o Presidente do Conselho Deliberativo do Abrigo do Marinheiro, Contra-Almirante Denilson Medeiros Nôga, o Contra-Almirante Ricardo Albergaria Claro, o Contra-Almirante Fernando Cesar da Silva Motta; além de representantes do Abrigo do Marinheiro e Organizações Militares subordinadas à Assistência Social da Marinha.
“Aqui no Mosteiro nascia essa parceria, e aqui estamos para renovar o compromisso assumido pelo Abade da época, Dom Pedro, junto ao Comandante Amâncio e o grupo de oficiais que tiveram essa brilhante ideia iniciada nas dependências do Mosteiro, que foi importante para a instrução, convivência e formação de muitos marinheiros”, relatou Dom Filipe da Silva em sua homilia.
Como demonstração de gratidão pelo primeiro acolhimento, por intermédio do Diretor da Assistência Social, Almirante Bastos, a Marinha passou às mãos do Abade Dom Fillipe uma panóplia em reconhecimento ao auxílio do Mosteiro de São Bento em prol dos homens do mar.
Fundado em 12 de outubro de 1919 pelo Abade do Mosteiro de São Bento em parceria com Oficiais de Marinha, o Abrigo do Marinheiro surgiu para atender a dificuldades enfrentadas pela Família Naval após a Primeira Guerra Mundial. A associação era composta pelas seguintes seções: recreativa, instrutiva, financeira, abrigo noturno e beneficente. Por sua excelente prestação de serviço, fora então reconhecido nacionalmente como uma entidade de utilidade pública federal pelo Decreto nº 4.287, de 29 de junho de 1921. Classificado como uma Associação sem fins lucrativos, o Abrigo hoje permanece prestando assistência com o que há de melhor em serviços e benefícios a toda Família Naval.
“Procuramos difundir a cultura do mar, e também beneficiar a Família Naval, que não paga nada para realizar o vínculo, sendo o grande diferencial da nossa associação. Trabalhamos todos os dias buscando oferecer os melhores benefícios aos militares, servidores civis de Marinha, da ativa ou da reserva, e pensionistas, incluindo também os seus respectivos dependentes”, destacou o Superintendente Administrativo e Financeiro do AMN, Miguel Artur Castilho de Alcantara.
Para eternizar o momento, os presentes realizaram a reedição da fotografia feita em 1919, onde os fundadores que atuavam na associação posaram perante à fachada da igreja. Novamente, o Abade do Mosteiro, Oficiais da Marinha e demais militares e civis que laboram na busca de melhores condições sociais à Família Naval estiveram lado a lado, 100 anos depois, reafirmando o mesmo compromisso de outrora: Promover qualidade de vida à Família Naval por meio de iniciativas de caráter assistencial, sociocultural, esportivo, recreativo e ambiental, preservando as tradições navais e o amor à Marinha.