Dentes bonitos, sem dúvida, provoca uma ótima impressão. Com a incessante busca pelo visual ideal, um sorriso radiante se torna um sonho viável através do clareamento dental, um dos procedimentos mais realizados nas clínicas odontológicas. Entretanto, produtos que são comercializados em drogarias e as inúmeras receitas caseiras de fácil acesso na internet, vem aumentando também os problemas decorrentes dessa busca desenfreada.

O uso desses métodos alternativos podem causar queimaduras e erosão dental. Além disso, engolir a solução é comum e pode trazer mais problemas. “Para se ter uma ideia da gravidade do assunto, a água oxigenada vendida comercialmente é uma mistura de água com peróxido de hidrogênio, mesma substância que, mais concentrada, é usada para deixar os dentes mais brancos. A grande capacidade desse agente oxidante também pode induzir a perda de colágeno da dentina, afetando as propriedades mecânicas do dente”, enfatiza o cirurgião-dentista Daniel Mattei, professor convidado da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas.

A experiência profissional, segundo Mattei, faz com que o processo de claremaneto dental seja realizado em segurança. A supervisão em relação à concentração do produto, à quantidade e ao tempo de exposição é fundamental e varia de pessoa para pessoa. “Isso reduz significativamente os riscos a que o paciente é submetido, já que em determinados casos o especialista poderá indicar outros tratamentos estéticos que garantam um sorriso bonito sem prejuízo da saúde bucal”, completa.

Outro fator a ser observado, de acordo com o especialista, é que sessões de clareamento dental não são indicadas para todas as pessoas. “Pacientes com muita sensibilidade dentária, presença de restaurações extensas ou próteses devem ser criteriosamente avaliados antes de serem submetidos ao clareamento, porque os resultados podem não satisfazer as expectativas”, explica.

Apesar de polêmico, estudos apontam que o clareamento pode ocasionar danos na estrutura do esmalte e da dentina. Além disso, o procedimento feito de forma indiscriminada pode causar hipersensibilidade dentária, lesões nas mucosas como bochechas e lábios, na língua e na gengiva. Em casos mais extremos, pode haver até mesmo reabsorções nas raízes. “Também pode haver queimaduras, que, dependendo do grau, podem virar aftas, ulcerações maiores e até resultar em perda de tecido gengival”, alerta.

Fonte: Alagoas 24 horas