Criado em 1919, o Abrigo do Marinheiro (AMN) surgiu para atender às dificuldades enfrentadas pela Família Naval após a Primeira Guerra Mundial. A iniciativa - a primeira de caráter social que se tem registro - se deu em 12 de outubro de 1919, sob a condução de Oficiais da Marinha do Brasil e do Abade do Mosteiro de São Bento.
Por sua excelente prestação de serviço, fora então reconhecido nacionalmente como uma entidade de utilidade pública federal pelo Decreto nº 4.287, de 29 de junho de 1921.
Classificado como uma Associação sem fins lucrativos, o Abrigo evoluiu. Hoje, visa prestar assistência com o que há de melhor em serviços e benefícios para toda a Família Naval, por meio de elementos indispensáveis ao seu aperfeiçoamento físico, moral e intelectual.
Com sede no Mosteiro de São Bento à época, o Abrigo era composto pelas seguintes seções: recreativa, instrutiva, financeira, abrigo noturno e beneficente.
Em 1937 foi instituída, no Centro do Rio, a Casa do Marinheiro (CMN) pelo então Ministro da Marinha, Vice-Almirante Henrique Aristides Guilhem, um dos fundadores do Abrigo do Marinheiro quando Capitão-de-Fragata. A CMN teve suas atividades regulamentadas por meio do Aviso Ministerial n° 212 de 17 de fevereiro de 1938, sendo subordinada ao Comando do 1° Distrito Naval e recebendo como primeiro sócio o próprio Ministro. Suas atividades eram voltadas para o ensino, a educação física, a recreação e a assistência.
Em 26 de setembro de 1945, foi criada a Obra do Berço, sob a presidência da Sra. Carlota Alencastro Guimarães Fróes da Fonseca, esposa do Comandante Rodolfo Fróes da Fonseca. Formada por um grupo de senhoras, esposas e filhas de oficiais, a Obra do Berço tinha como objetivo a confecção de peças de enxovais para os filhos de marinheiros, cabos e soldados que estivessem sob jurisdição do Comando do 1° Distrito Naval.
Por meio do Aviso nº 1454, em julho de 1946 foi criada a Divisão de Conforto e Assistência, subordinada à Diretoria do Pessoal da Armada (DPA) para atender às questões sociais dos militares da Marinha. As atribuições incluíam promover assistência jurídica; facilitar aquisição de gêneros alimentícios e vestuário; auxiliar as famílias do pessoal para obter educação, criando ou mantendo escolas em bairros residenciais ou facilitando a matrícula e permanência em estabelecimentos públicos ou privados; facilitar os meios de recreação do pessoal e suas famílias, criando, fiscalizando e orientando clubes de caráter esportivo e social.